segunda-feira, 10 de março de 2014

O metro de Nova York em Super Slow Motion

Até há pouco tempo o vídeo HD em super slow motion estava reservado par filmes ou indivíduos que tivessem bolsos bem fundos…quando a cadência de imagem atinge os milhares por Segundo o preço a pagar chega muitas vezes às dezenas de milhar.

Já há alguns anos que a técnica do super slow motion tem produzido vídeos impressionantes: Quer se trate de um balão de água a estourar ou as asas dum colibri a bater vídeo HD em super slow motion revela a natureza incrível que existe por trás dos acontecimentos mais normais do dia a dia. Para isso basta que a câmara possa captar num segundo uma infinidade de frames, digamos por exemplo 500 ou 1000.
Foi com uma destas câmaras de alta velocidade nas mãos, que o fotógrafo Adam Magyar entrou numa carruagem do metro de Nova York e filmou, a partir da janela, os passageiros que aguardavam a sua composição no cais.
Ao fazê-lo conseguiu obter uma sucessão de retratos de pessoas aparentemente “imobilizadas no tempo” o que dá ao espectador tempo para observar e concentrar a sua atenção nos mais diversos detalhes dos personagens aí presentes conferindo-lhe um poder quase de omnipresença.

A sensação é espectacular.

Magyar definiu este seu trabalho como

"uma linha infinita de esculturas vivas colocadas lado a lado na plataforma do cais do metro na mesma linha, na mesma direcção e com a mesma intenção de apanhar o próximo comboio para serem levados ao seu destino pelo fluxo urbano”
Vale a pena assistir aos vídeos:



Para saber mais, visite o site de Adam Magyar.


e agora as boas notícias:
existe neste momento uma câmara já com um preço mais acessível para aqueles que desejam fazer este género de "fotografia" edgertronic que é capaz de filmar vídeo 1280 x 1024 a 494 fps (frames por segundo)


Bom início de semana e boas fotografias.


8 comentários:

  1. Intrigante mas deprimente.

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  2. Não acho nada deprimente, pelo contrario acho fascinante poder observar os nova-iorquinos desta maneira. Tomando em conta que ando de metro em Lisboa muitas vezes e por comparação, não vejo nada de deprimente, vejo uma sociedade do sec XXI em que os viajantes estão (repara que estão quase todos desacompanhados) isolados nos seus mundos, nas suas ilhas pessoais, no seu individualismo. Esta característica pode igualmente ser observada em Lisboa onde o uso de headphones tem uma percentagem de 70 a 80% (estimativa minha por alto)
    Esta oportunidade de ter um "tempo" extra para observar melhor as pessoas, a mim, fascina-me.

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    Respostas
    1. "vejo uma sociedade do sec XXI em que os viajantes estão (repara que estão quase todos desacompanhados) isolados nos seus mundos, nas suas ilhas pessoais, no seu individualismo"
      Então isso não é deprimente?!!

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    2. Pode ser que seja deprimente para a sua sensibilidade. Para a minha não. Não vejo como poderia ser doutra maneira.
      Por um lado poderia ser tudo a cantar e aos pulos, embriagados como animais, como quando joga o Benfica e aí sim, seria muito deprimente e preocupante, ou então noutro sentido, poderia ser com muito mais violência. Talvez no futuro se vejam alguns robots ou cyborgs misturados com a "malta" para desanuviar a tristeza.

      Claro que como o meu avô já dizia mais vale ser rico e saudável do que pobre e doente

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    3. Parece que estamos na Twilight Zone!! Parece que são zombies ou os espíritos dos mortos que circulam entre os vivos!

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    4. Mas olha que por cá ainda é pior. A qualidade das roupas das pessoas, as deficiências físicas, as doenças, a sujidade, os pedintes a publicidade SUBJUGADORA! Estas são imagens dum metro de pelo menos 4 estrelas.

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    5. Pois, aqui é mais terceiro mundo!
      Mas ainda não percebi como aquilo é feito! A velocidade do travelling é razoável mas as pessoas estão quase frizadas

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    6. a velocidade de obturação tem que ser altíssima, 500 fps ou mesmo mais. Repara que as imagens são a PeB para serem a cores teriam muito mais ruído uma vez que não existe iluminação adicional, e por maior que seja a abertura do diaf, o tempo de exposição é curtíssimo. Daí a magia da coisa, parece que o observador vive na mesma dimensão mas noutro tempo.
      No caso do 2º Video em que a menina da escola corre ao longo do cais dá a sensação que ela está numa realidade diferente, que por uma razão qualquer, ela não foi afectada pela bomba que que congelou todos os passageiros.

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