Esta é a primeira entrada neste blogue que é dedicado a todos aqueles que são amantes da fotografia, da imagem da luz...essa misteriosa...que embora a experimentemos todos os dias das nossas vidas,
e apesar do avanço fantástico da nossa ciência, ainda não a conseguimos entender plenamente e a verdadeira natureza da sua realidade escapa-nos, sendo a teoria dualista, partícula/onda o melhor que conseguimos produzir.
Este texto de Ricardo Menendez Salmón retirado do seu livro "A luz é mais antiga que o Amor", da Assírio & Alvim, parece-me, pois, completamente apropriado a este propósito.
”O factor tempo é por isso decisivo, para compreender os mecanismos da luz.
Porque se o amor é propriedade exclusiva da nossa espécie – cães, gorilas ou cavalos não amam –, tem cabimento pensar num tempo, anterior ao amor, em que a luz já existia, e tem cabimento pensar outrossim (desconheço que pensamento é mais desanimador, se aquele ou este) num tempo, posterior ao amor, ou seja, posterior aos seres humanos, em que a luz continuará a existir.
Os cientistas, que ocuparam durante o século XX o lugar dos filósofos e dos artistas, pois não só interpretaram o mundo, como também o explicaram poeticamente, dispõem de um grande número de imagens para nos fazer sentir a nossa pequenez.
e apesar do avanço fantástico da nossa ciência, ainda não a conseguimos entender plenamente e a verdadeira natureza da sua realidade escapa-nos, sendo a teoria dualista, partícula/onda o melhor que conseguimos produzir.
A LUZ É MAIS ANTIGA QUE O AMOR
Porque se o amor é propriedade exclusiva da nossa espécie – cães, gorilas ou cavalos não amam –, tem cabimento pensar num tempo, anterior ao amor, em que a luz já existia, e tem cabimento pensar outrossim (desconheço que pensamento é mais desanimador, se aquele ou este) num tempo, posterior ao amor, ou seja, posterior aos seres humanos, em que a luz continuará a existir.
Os cientistas, que ocuparam durante o século XX o lugar dos filósofos e dos artistas, pois não só interpretaram o mundo, como também o explicaram poeticamente, dispõem de um grande número de imagens para nos fazer sentir a nossa pequenez.
Uma é esta: a luz existe independentemente de existir um sujeito que a contemple.”
Carlos Cunha
Quando o amor "envelhece" será como a luz? Também perderá "velocidade"?
ResponderEliminarToda esta "meditação" sobre a luz, informa-nos da estatura diminuta da obra humana, sendo o homem um intruso no tempo da Natureza.
ResponderEliminarA imagem de um universo vazio, mas regido por uma matemática precisa, tem qualquer coisa de assustador, mesmo para uma consciência ateia.
Por isso prefiro acreditar num propósito. Que a luz tem um propósito. O Amor depois de ter sido tornado possível pela Luz já não pode simplesmente desvanecer, pois a Luz reflecte Amor e o Amor reflecte Luz, um dos propósitos da existência.
Carlos já pensaste que poderá ser o Amor que Criou A LUZ BJS São
ResponderEliminarE COMO CONCLUIS QUE O AMOR É EXCLUSIVO DA NOSSA ESPÉCIE !
ResponderEliminarNÃO SERÀ ANTES MAIS PLAUSÍVEL QUEO ÓDIO È QUE INERENTE Á NOSSA ESPÉCIE ?
Como no inicio da criação nem sequer havia luz, foi necessário um largo período de tempo para o universo arrefecer o suficiente a permitir a formação dos primeiros fotões que tornaram visível, (se houvessem olhos para a verem) a matéria já existente, podemos supor que a luz foi um passo fundamental na evolução do universo.
EliminarO passo seguinte aconteceu depois com o surgimento da vida, que Inevitavelmente com o tempo, conduziu à consciência, depois ao conhecimento e por fim ao amor.
Também podemos imaginar tempos anteriores, em que o homem nem sequer existia, mas que orbitando outra estrela, noutro planeta, outra espécie foi capaz de amar.
Podemos igualmente imaginar que mesmo neste momento o amor seja a regra que se aplica por esse universo fora.
Então seguramente não será por morrer uma andorinha (extinção da humanidade) que se acaba a primavera...
Parece-me óbvio que para amar é necessário compreender, admirar e identificar.
Razão pela qual considero que as outras espécies (terrestres) não terem a capacidade para amar, como por exemplo peixes, insectos, aves, repteis e mamíferos, que embora com algum grau de consciência, actuam por instintos que lhes asseguram (minimamente) a sobrevivência e evolução.
Abro contudo algumas excepções: primatas (Orangotangos, Chimpazés e Gorilas) nossos parentes.
Penso que o ódio (também exclusivo da nossa espécie) e (com as mesmas excepções) tenha a mesma origem que o amor, mas como emoção subjugada e esmagada pelo MEDO, é regressiva e irracional, que auto alimentada (curiosamente como o amor) provoca, tendenciosamente, uma regressão a um tempo obscuro, anterior à ao entendimento e à clarificação, numa fase ainda e apenas pré humana; animalesca.
Talvez que o amor, uma vez surgido neste universo, seja como a luz, imparável, imortal, infinito.
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